Hoje o post vai falar de um livro que li no ano passado. Daqueles livros que a gente compra pela capa e pelo título sabe? (rs). Mas quando me encontrei com esse livro, imaginei-o diferente.
Pensei em uma história com começo, meio e fim. Imaginei tantas coisas. E sem hesitar, o adquiri. Para depois me surpreender. Mas a surpresa não foi ruim não, pelo contrário, foi uma surpresa boa! O Livro dos Abraços no final das contas, não conta uma história. Conta várias. Pequenos acontecimentos gravados na memória do escritor, que vão tomando forma e "abraçando-se" no decorrer da leitura.
Palavras recheadas de poesia, sonhos e liberdade. Todas ouvidas, lidas ou presenciadas por Eduardo Galeano, um escritor uruguaio que viveu na época da ditadura militar na América Latina, e foi exilado na Espanha no período entre 1973 e 1985. E seu livro é isso. O resultado de sua vivência. Um diário de memórias. Uma coleção de momentos que nos tocam e nos inspiram.
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O ar e o vento - uma das páginas de O Livro dos Abraços |
No começo da leitura do livro, fiquei confusa. Não entendi muito bem a intenção do autor, mas ainda assim não conseguia parar de ler. Depois percebi que ele sacode a gente com as palavras, questiona a arte, a moral humana. Percorre no mais profundo das coisas mais simples.
O trabalho de Galdeano é um pouco do diário da sua vida. No final descobrimos porque as histórias se abraçam e alguns personagens são os mesmos do início ao fim. Definitivamente, uma leitura diferente e prazerosa. Um livro que podia bem ser daqueles de cabeceira, que a gente pode ler um pouquinho por dia, e não necessariamente em alguma ordem.
Um livro que contém poucas frases que dizem muito!
Beijos!
Um livro que contém poucas frases que dizem muito!
Beijos!
Esse livro me traz muitas recordações boas porque me foi indicado por dois amigos contadores de histórias, a Delani Alves e o Carlos Daitchman. Aquele conto em que o menininho diz "Pai, me ensina a olhar..." me arrepia de tão lindo.
ResponderExcluirDica maravilhosa, Ale!
bjs!
Nossa... esse trecho que você colocou me lembrou um pouco Manoel de Barros. Um jeito de desconstruir o texto, para construir a idéia, não sei. Mas lembrei e fiquei curiosa para ler um e reler o outro! Bjos!
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