Voltando com mais uma postagem sobre minha visita aos alagoanos em 2014! No post anterior falei da minha chegada e mostrei lindas fotos do artesanato local. Hoje vou contar um pouco sobre os passeios que fiz pelas praias próximas de Maceió. Não canso de elogiar o litoral de Alagoas. O mar é verdinho e a areia clarinha, bem diferente do que vemos por aqui. Um lindo cenário!
Como comentei, minha eterna amiga Vera me acompanhou na viagem, e só isso já era motivo para ser inesquecível. Desde adolescentes, quando nos juntamos, é cômico! Muitas risadas, papos malucos e uma ao mesmo tempo zoando e motivando a outra. Engraçado que somos totalmente diferentes na personalidade, então às vezes não entendemos como nos damos tão bem. Então prefiro chamar a isso de afinidade de alma. =)
E a viagem já começou com motivos para chorarmos, porque nos dois primeiros dias choveu muito lá!! A gente se olhava e não acreditava. Levamos o clima do sul? Bom, pelo menos não esfria tanto. E também não foi motivo para deixarmos de passear. No primeiro dia os guias nos levaram para a Praia do Francês.
É marcante a diversidade de cores e formas, desde os trabalhos em rendas e bordados, até em palha, cerâmica, madeira, fibra de coqueiro. Uma riqueza de detalhes incrível!
No segundo dia conhecemos Maragogi, o famoso "Caribe Brasileiro". Lá há uma barreira de corais em praticamente toda a costa, e quando a maré está baixa, formam-se centenas de piscinas naturais. Como chovia muito (de novo!), os passeios de barco até os corais não estavam recomendados, então decidimos por fazer o passeio de buggy, que aliás, para nós foi um dos momentos mais divertidos da viagem!! E hilário também. Já conto o motivo.
Aqui na foto estamos felizes e sorridentes. Porque a chuva deu uma trégua e partimos passear pela beira mar. Estávamos com mais duas colegas, que conhecemos nos passeios e o motorista do buggy era atencioso e engraçado, nos contou muitas curiosidades e piadas. Chegamos a um ponto onde ele entrou com o buggy em direção ao mar, onde descemos para entrar na água. Nas fotos dá prá ver como era raso, apesar de praticamente 1km da areia, mar adentro. E a parte hilária é que estavamos lá e o céu escureceu de repente, o motorista assobiou e fez a gente embarcar logo, porque segundo ele se chovesse o nível da água subiria muito rápido. Quando voltamos para a costa, já estava chovendo e o retorno foi literalmente uma inundação em alta velocidade! Mas eu faria de novo!!!! (rs)
Aventuras suficientes para aquele dia, nos restou descansar para o próximo. Seria meu último dia em Maceió, onde deixaria a Vera aproveitando o restante da semana e eu seguiria para Luziápolis para cumprir meus compromissos de escritora. No terceiro dia conhecemos a Barra de São Miguel, outro ponto turístico, e na volta paramos na famosa Rua das Rendeiras, no Pontal da Barra. E...
Para nós arteiras a visão do paraíso né? São várias lojas ao longo da Rua das Rendeiras, oferecendo produtos em bordados e rendas. Obras de arte em forma de toalhas, panos de mesa, blusas, bolsas, vestidos e outros. É comum de todas as lojas encontrarmos o "filé", um trabalho tipicamente alagoano, além de rendendê, rendas de bilro, trançados em palha de ouricuri, todos de beleza extraordinária, dada a perfeição das formas artesanais e combinação de cores.
O que achei mais interessante lá é que as lojas são as casas dos artesãos. Do jeitinho que está na foto acima, a gente vê o vendedor (dono da casa) tecendo na própria vitrine. Eu achei maravilhoso! Tudo de uma simplicidade fantástica. Eu não resisti, me empolguei tanto que entrei em uma das lojas (ou casa) e fui ver de pertinho e trabalho da bordadeira.
Olha, foi difícil segurar a vontade de levar um caminhão de coisas. Mas eu consegui, obviamente comprei algumas peças (lindas!), entre elas uma colcha de filé que me custou uma mala à parte para trazer no avião, mas que valeu o trabalho e o custo. Só esqueci de fotografar para postar aqui (rs). Esse abaixo é um dos trabalhos em evolução da bordadeira que me recebeu.
Posso dizer que os passeios por Maceió foram divertidos, únicos e inesquecíveis. Mas me impressionou demais visitar a Rua das Rendeiras. Vivenciar a rotina dos artesãos, cujas técnicas são passadas de pais para filhos através de gerações, é comprovar a continuidade da vida.
Para quem valoriza essas sensações, é impossível visitar Maceió e não se render à arte local, ainda que encante-se com as belezas naturais. Admirando a arte conseguimos interagir com os nordestinos, conhecer sua cultura e nos sentir parte deles. Contarei mais sobre isso nos próximos posts, sobre minha visita à Luziápolis, no interior de Alagoas.
Beijos!
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