Hoje deu vontade de falar de Alice. E preciso contar que, desde que postei sobre o jogo para X-Box Alice Madness Returns (aliás um post campeão de visitas!), venho pesquisado muito sobre o tema. Já cogitei usá-lo para fazer meu TCC do curso de Letras. Quem sabe? Sou muito fã de Alice, dos livros, da história, e agora, acho que virei um pouco pesquisadora do assunto.
Todos sabem quantas lendas, hipóteses e versões existem sobre a história de Carroll, e sinceramente, para mim pouco me importa se fazem apologia a alguma coisa ou foram fantasias da sua cabeça. Eu admiro a criatividade do autor, em colocar na escrita um mundo tão complexo, rico em detalhes, e com personagens tão curiosos. Sou fã e ponto final. E foi esse achado interessante que decidi postar, para quem também gosta do tema e suas inúmeras interpretações.
A Editora Abril publica, desde 2001, uma revista chamada "Mundo Estranho". O foco da revista são curiosidades científicas e culturais, porém seu início foi inspirado na famosa "Superinteressante", mas hoje é mais direcionado para o público jovem, especialmente o público adolescente masculino. Já teve edições especiais famosas, com temas Harry Potter e Stars Wars, por exemplo. E também possui um site, só clicar aqui.
E foi em uma das edições da revista Mundo Estranho (Edição 123 - abril/2012), que encontrei reflexões relevantes de alguns fatos narrados nos livros. Segundo a matéria, interpretações psicológicas indicam que Lewis Carroll descreveu um mundo adulto, pelo olhar infantil. Confira!
Interessante não? Já na Edição 98, anterior a essa, a revista se aprofundou ainda mais. Fazendo uma pesquisa em vários livros e ensaios de autores, descobriram mais algumas interpretações (pesadas) para Alice no País das Maravilhas. Uma das curiosidades é sobre o motivo do chapeleiro ser "maluco". Porque na época em que a história foi escrita, muitos chapeleiros ingleses enlouqueciam, pois ficavam expostos ao mercúrio utilizado na confeção dos chapéus. Aqui o encarte completo, onde a maioria das interpretações faz referência a drogas e críticas políticas.
Realmente, analisando os fatos, muita coisa faz sentido, embora a história por si só não faça sentido algum (e só por isso gosto tanto dela! rs). E tudo isso me trouxe a vontade de pesquisar mais, principalmente sobre os contextos da época em que viveu Carroll.
Mas não adianta, sou fã eterna de Alice e minha admiração pela história não diminiu. Até porque eu acredito na pureza das crianças, e que essas visões e interpretações das histórias fazem sentido no mundo adulto. Criança vê o colorido, a mágica e a brincadeira!! Eu leria Alice centenas de vezes para meus filhos, ao invés de colocá-los sentados no sofá assistindo certos programas de televisão.
Beijos!
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