Alice: Como tudo começou...

Oi gente!

Eu duvido muito que exista alguém que sequer tenha ouvido falar de "Alice no País das Maravilhas", mesmo que não tenha lido a história ou assistido o desenho quando criança. Seja como for, para saber se nos identificamos com o tema precisamos conhecê-lo certo? Então, aqui vai um resumo da história com as minhas impressões. :-)

"Alice's Adventures in Wonderland" se trata da obra mais conhecida de Lewis Carroll (1832-1898) e é considerada uma obra clássica da literatura inglesa. Conta a história da menina Alice, que vê passar um coelho branco apressado e, ao seguí-lo, cai em um buraco que a leva para um lugar fantástico, povoado por criaturas muito peculiares.

Ilustração de Leonard Weisgard

O reverendo Charles Lutwidge Dodgson, verdadeiro nome de Lewis Carroll, inspirou-se em Alice Pleasance Liddell para escrever a história. A menina tinha 10 anos na época, após ouvir a história da menina Alice que viajava para um mundo fantástico depois de cair na toca de um coelho, pediu a Dodgson para escrevê-la. O primeiro manuscrito ficou pronto dois anos depois, estando acessível até hoje no site da Biblioteca Britânica. Eu mostrei ele neste post aqui.

via British Library's Online Galery

Só para destacar, o autor brinca na história com enigmas lógicos e faz alusão a poemas da era vitoriana, apenas dois detalhes que contribuem para que a obra seja tão discutida e interpretada de várias formas até os dias atuais. Existem estudos aprofundados de leitores contemporâneos, tentando explicar o livro sob pontos de vista psicológicos e sociais, por exemplo. Um detalhe que descobri atualmente é que a história de Alice tem uma característica denominada "literatura de travessia", onde o autor usa estratégias como meio de ligação entre o mundo real e o imaginário. Outro exemplo disso são "As crônicas de Nárnia", de C.S. Lewis, que utiliza um guarda-roupa para levar as crianças à Nárnia). PS.: Adorei saber que as histórias que amo de paixão tem uma denominação! (rs)

Cena do longa-metragem produzido pela Disney, em 1951.

Bom, para terminar minhas impressões de Alice, além de amar a história desde criança, considero uma escrita fluída e cativante. O leitor sempre tem a sensação de estar vivenciando as aventuras de Alice, como em um sonho. Você lê, e mesmo que ache tudo estranhamente diferente, continua lendo. E quando acorda, não consegue ter uma ideia lógica dos acontecimentos. Tudo fica fora de lugar, confuso e sem precisão. Por isso quem curte a história, não é pela personagem apenas, pelo enredo ou alguma situação pontual (como o chá com a Lebre de Março, um dos pontos altos da história). Os fãs de verdade curtem o todo o universo criado por Carroll, e mesmo que ouçamos falar das controvérsias, questionamentos, apologias e interpretações negativas, ainda assim consideramos uma das mais fascinantes obras da literatura infantil. Afinal, não é por nada que há 150 anos ela foi publicada e continua sendo uma referência mundial.

Beijos!