7 de outubro de 2015

Eu li #28 - Orgulho e Preconceito

Oi gente!

Depois de mergulharmos nas profundenzas "kafkanianas" da última postagem que tal tratarmos de um tema mais leve? Porque nem mesmo os leitores mais viciados são de ferro né? (rs) Então hoje retornaremos com Jane Austen e seu queridinho "Orgulho e Preconceito". O que falar de uma obra tão conhecida, comentada, lida e assistida no mundo inteiro? Minha impressão é da maioria, uma das mais belas histórias de amor da literatura inglesa.



"Orgulho e Preconceito" é a segunda obra publicada por Jane Austen. Eu adquiri uma edição moderna, da Editora Martin Claret com tradução de Roberto Leal Ferreira, que possui uma diagramação linda! Cada início de capítulo é um encanto e a capa de uma delicadeza sem igual. O livro é narrado em terceira pessoa e o enredo é basicamente fiel ao título, exibindo exageramente dois sentimentos comuns no ser humano: orgulho e preconceito.

Matthew MacFayden e Keira Knightley interpretando Sr. Darcy e Elizabeth Bennet, na versão cinematográfica
de Orgulho e Preconceito, dirigida por  Joe Wright em 2005

De um lado o Sr. Darcy e de outro Elizabeth Bennet, dois jovens que se inquietam com seus sentimentos mútuos, mas se deixam levar por estes dois sentimentos e precisam aprender a contorná-los, se realmente almejam a felicidade. A família de Elizabeth não tem uma condição social muito favorável, fazendo com que o Sr. Darcy se mostre preconceituoso ao conhecê-la. Ela, inteligente e nem um pouco ingênua, o considera o pior homem do mundo por suas atitudes e decide "fazer jogo duro". 

Laurence Olivier e Greer Garson interpretando Sr. Darcy e Elizabeth Bennet, na versão cinematográfica
de Orgulho e Preconceito, dirigida por  Robert Z. Leonard em 1940
.

Eu particularmente considero maravilhosa a forma como o amor entre dois vai surgindo, no tempo certo, entre situações adversas, encontros familiares, aprendizados coletivos. O talento de Jane Austen é incontestável no desenvolvimento dessa história que já completou 200 anos.

As irmãs Bennet na versão cinematográfica de Orgulho e Preconceito, dirigida por  Joe Wright em 2005.

Mas o conteúdo não pára só nos dois. Jane Austen construiu personagens completos, cada um com seus sentimentos e histórias. Além de Lizzy, mais quatro irmãs pertencem a família Bennet: Jane (a mais sensata e pela qual Elizabeth conhece Darcy), Mary (a estudiosa), Kitty e Lydia (as fúteis). A mãe dedica sua vida a casar as filhas e o pai é um homem muito reservado. Assim que conhecem o Sr. Bingley, jovem rico e solteiro que chega a cidade com seu amigo Darcy (ainda mais rico...rs), a mamãe Bennet move mundos e fundos para casar uma de suas filhas. O cupido dá uma ajudinha e apaixona Jane e Bingley, fazendo com que a história dos dois movimente o par protagonista.

Ilustração de Hugh Thomson.

Me reservo ao direito de me estender para falar sobre Elizabeth Bennet. Porque me identifico um pouco com algumas características da sua personalidade. Enquanto todas as moças ao seu redor estão preocupadas em arranjar casamento, ela aproveita sua vida tranquilamente, sem ceder as pressões sociais. Tem uma força incrível para lidar com os problemas de família e conflitos em seus sentimentos, porém é extremamente precipitada e teimosa em algumas ações, muitas vezes até desfavorecendo ela mesma com isso. Já o Sr. Darcy, apesar de grosseiro no início, revela-se um perfeito cavalheiro depois de assumir seus sentimentos e justificar suas atitudes, tanto que até hoje é um dos personagens literários "sonho de consumo" feminino (rs).

Elizabeth Bennet em uma das cenas da versão cinematográfica de Orgulho e Preconceito, dirigida por  Joe Wright em 2005.
Uma particularidade que vejo nessa obra. Como tem personagens detestáveis! A começar com a Sra. Bennet, Lady Catherine e a irmã do Sr. Bingley (a pior na minha opinião!). A minha impressão era de que Jane Austen queria descrever pessoas que ela conhecia e transformar em personagens, visto a ênfase nos detalhes destas pessoas sem noção! Imagino isso porque às vezes me ocorre fazer isso em meus livros...hahaha! É o que mais caracteriza as obras da autora, reunir ao romance, a ironia e o sarcasmo, alfinetando o comportamento dos ingleses da época, através de críticas muito bem escritas nas entrelinhas dos diálogos e descrições dos personagens.

Algumas capas de "Orgulho e Preconceito"

Bom, achei que pouco teria para falar de "Orgulho e Preconceito", já que é uma obra tão famosa, mas justamente por isso, sempre há algo a mais a dizer. E finalizo reafirmando que todo leitor deveria ter ao menos uma obra de Jane Austen em seu currículo, e se gostasse, deveria mergulhar em todas elas sem medo de ser feliz. Se você quiser mais sobre o tema Jane Austen, clique aqui.

Beijos!

1 comentários:

Aline Fonseca disse...

OI, Ale!
Obrigada!
Aiiiiiiiiii, eu tinha que dar um jeito! Você não viu como estava a minha mesa há meses! Eu sempre que ia fazer scrap tirava as coisas, depois de cada dia guardava tudinho, não deixava acumular, mas meses e meses fui acumulando, acumulando, acumulando... já nem dava para tirar pó da mesa! Um completo show de horrores, daí fui fechando os olhos jogando muita coisa fora, retalhos, e separando muitas coisas para minhas alunas, que gostam e também tentando usar o máximo nas páginas e nos Snaps.
Consegui limpar a mesa e guardar tudo. UFA!
Este eu li e vi o filme. Mr. Darcy... muito fofo!!! Uma leitura bem gostosa mesmo e um filme delicioso. Praticamente um Conto de Fadas, com suas bruxas como vc mesma relatou, as "malvadas", nojentas e pedantes da história, o príncipe e sua Cinderela.
Tudo de bom!
Beijosssssssssssssssssssssssss