Em março minhas leituras foram só de autoras mulheres! Uma delas foi "Sopa de Pedras", o livro de estreia da autora Rosana Vinguembah, uma mineira muito simpática que ama livros e já nos conhecíamos pelo canal e redes sociais, inclusive me enviou alguns livros de presente antes do seu. Mas pensem o quanto fiquei feliz, incentivadora de novos autores que sou, quando fiquei sabendo que a Rô estava lançando seu primeiro livro!
Claro que fiquei curiosa, pois já sabia que era um romance que se passava em Minas Gerais e envolvia mineração, um dos setores básicos da economia nacional desde o tempo de colônia e tão explorado por lá. Mas não imaginava que a autora conseguiria inserir na história tanto da cultura e tradições do lugar. Foi o que me conquistou!
A história basicamente narra o cotidiano de uma família, que vive em uma pequena propriedade rural às margens do Rio Triunfo. O Sr. Leôncio conduzia uma equipe no garimpo e era com esse trabalho que sustentava sua família. Além deles, a autora insere outros personagens que compõem a vizinhança e os entrelaça buscando uma mesma questão: o que faremos sem o garimpo? Isso porque naquela época a atividade já estava em decadência.
Achei o romance bem construído, embora sem um ápice, pois a problemática citada acima permeia toda a história, fazendo com que eu tenha sentido a narrativa com o mesmo ritmo do início ao fim. Porém, o mais legal para mim e isso tornou minha leitura incrível, foram os elementos regionais adicionados na história. A autora me passou muita segurança ao inserir elementos da vida dessas pessoas, as dificuldades enfrentadas diariamente, rotinas do cotidiano rural, o árduo trabalho realizado pelas pessoas de cidades do interior. Aprendi em detalhes por exemplo, como as mulheres mineiras do interior faziam o famoso "sabão de cinzas", que é praticamente a primeira espécie de sabão que existiu.
Tem minha admiração os autores que contam essas histórias regionais, que muitas vezes não perpetuam diante do esquecimento e desvalorização da oralidade!
A leitura da obra da Rosana também me trouxe uma recordação de infância. Alguém lembra daquela história que os livros de Língua Portuguesa continham na década de 80, chamada "Sopa de Pedra", que contava sobre um monge que ensinava a fazer literalmente uma sopa de pedras? Essa história é conhecida como sendo uma lenda portuguesa, porém eu descobri que ela foi contada muito antes por um ganhador do Nobel de Literatura. Dá para acreditar? É a mágica da Literatura!
Mas essa é uma história para outro post...
Beijos!
Tem minha admiração os autores que contam essas histórias regionais, que muitas vezes não perpetuam diante do esquecimento e desvalorização da oralidade!
A leitura da obra da Rosana também me trouxe uma recordação de infância. Alguém lembra daquela história que os livros de Língua Portuguesa continham na década de 80, chamada "Sopa de Pedra", que contava sobre um monge que ensinava a fazer literalmente uma sopa de pedras? Essa história é conhecida como sendo uma lenda portuguesa, porém eu descobri que ela foi contada muito antes por um ganhador do Nobel de Literatura. Dá para acreditar? É a mágica da Literatura!
Mas essa é uma história para outro post...
Beijos!
1 comentários:
Oi Alê, que delicia de leitura, cultural e embora vc tenha dito que fala bastante da cultura, eu gosto muito do ápice nas leituras, por isso não sei se curtiria... Bjs Monalise www.dividindoexperiencias.com
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