4 de março de 2021

#TBT Especial Divã de Escrita #7 - Minha trajetória (2017 - Confusão)

Oi gente!

E nosso #TBT do Divã segue firme e forte. No final de 2016 vocês acompanharam o momento em que saí da empresa e isso fez com que eu iniciasse 2017 cheia de planos! Agora meu tempo seria mais flexível e eu poderia inclusive me dedicar a funções profissionais mais próximas ao mundo das letras e da escrita. E foi um ano bem diferente. Um ano de readaptação, descobertas e planejamento. 

Plaquinha maravilhosa da Casa Cultural Belaboni!

Mas todas essas mudanças também fizeram de 2017 um ano muito confuso para mim. O primeiro semestre foi bem complicado, não pela mudança financeira (eu sempre fui bem pé no chão e mantive planejamentos para isso), mas pela mudança de rotina. Eu estava acostumada desde meus 15 anos a acordar cedo, ir para o trabalho, depois para faculdade, horário de almoço, horário de entrada, horário de saída, horário para tudo. Com meus 43 anos completos, foi bem difícil me adaptar à rotina de gerenciar meus horários sozinha!

O ano foi confuso mas bem produtivo. Em maio fui selecionada para lecionar no CIEE para menores aprendizes, tarefa que cumpri até o final do ano. Também participei de eventos com o livro "O sapo Tonico e sua descoberta", na Casa Cultural Belaboni e na Biblioteca Pública do Paraná. Meu livro também foi lido em escolas e instituições de aulas de contraturno.


Todo esse contato com o público infantil e adolescente durante o ano foi proveitoso, pois comecei a questionar os trabalhos com as crianças. Percebi que adorava interagir com os maiorzinhos, mas não tinha muita paciência com os pequenos. Bom, eu não sou professora, acho que falta didática, até hoje não sei qual a carência, pois na família sou uma titia muito amada e sou louca pelas crianças. Além do mais, acreditem: eu cheguei a sofrer bullying do tipo: "Ela nem tem filhos, porque tá se metendo a escrever para crianças?". Como se uma coisa tivesse a ver com a outra né? E não foi uma vez só, isso me deixava muito desapontada. Lembrando que não tive filhos por opção, agora imagina uma mulher que não pode engravidar nessa situação, ouvindo esse tipo de absurdo! Aí comecei a me decepcionar com ambientes e trabalhos voltados para o público infantil. Meus contatos anteriores sempre foram nas ações sociais e desculpe a sinceridade, existe uma grande diferença entre pais de famílias carentes e pais de famílias abastadas. 



Mesmo assim, insisti. Publiquei a terceira edição de "O Diário de Lirityl"! Uma edição especial, com baixa tiragem, capa dura e encadernação artesanal. Especialmente para participar da 1ª Literatiba, uma feira literária em Curitiba, organizada pelo Valter Cardoso, que me convidou e que conheci pessoalmente no dia da feira. Valter também me levou ao Núcleo de Literatura e Cinema André Carneiro e hoje é um dos meus maiores incentivadores. Pessoa do bem, experiente nas Letras e um ótimo conselheiro e amigo.


As vendas da edição especial da Lirityl foram muito rápidas e então me empolguei a publicar meu quarto livro: A montanha dos brinquedos perdidos. Um dos contos de "O Diário de Lirityl" que ensina as crianças a doarem seus brinquedos quando não tem mais utilidade. Fiz uma parceria com a ilustradora Stella Rocker e essa foi a proposta: um livro de colorir! Também fez muito sucesso, vendi rapidamente os exemplares em um kit com caixa de lápis de cor.


O lançamento do meu quarto livro foi no final de 2017 e para finalizar esse ano tumultuado estava em final do curso de Letras. Encerrei o ano entregando meu TCC e feliz com mais uma conquista. Como eu já comentei, a faculdade de Letras não me ajudou quase nada com os trabalhos de escrita, mas abriu muitas portas para divulgar meu nome como escritora. 



Por isso considero 2017 como o ano da confusão. Tudo junto e misturado, eu tentava consolidar meus trabalhos na área de Letras, já fazia revisões e divulgações de livros pelo Portão Literário. Estava empolgada com os eventos, mas por outro lado questionando minha falta de afinidade (e experiência) com o público infantil. Terminei o ano ainda me adaptando às mudanças de rotina e pagando para ver o que seria de 2018. 

Mas o que foi de verdade vou contar no próximo "#TBT do Divã". Até lá!

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