Oi gente!
Continuando o #TBT da minha trajetória na escrita, vamos falar do ano de 2018, um dos piores (ou não), dependendo do ponto de vista. Em matéria de trabalho as coisas não foram ruins, estavam fluindo bem. Mas considero o ano da decepção e do cair das fichas com o ambiente cultural e literário. Mas os babados eu conto lá para o final do post tá? (rs)
Vale registrar que depois de um ano longe do ambiente corporativo, senti saudades do que foi meu principal ofício ao longo da vida e também da estabilidade financeira, então entrei o ano trabalhando! A diferença é que agora eu fazia home office, em horário reduzido e flexível. Um ex-colega da empresa em que trabalhei me contratou, como produtora de conteúdo e gestora de mídias sociais. Sua empresa também é de auditoria e consultoria, com matriz em São Paulo e escritórios em várias capitais. Esse trabalho tem me realizado, juntou minhas duas áreas de conhecimento, as primeiras formações mais a formação de Letras, pois estou diariamente produzindo conteúdo escrito. Além disso, tenho flexibilidade para manter minhas rotinas de escritora (curiosamente esse ex-colega de trabalho, agora meu líder, foi uma das raras pessoas que me apoiava na escrita enquanto estive na multinacional).
Eu também conseguia fazer outros trabalhos em paralelo, como revisões de trabalhos acadêmicos, por exemplo. Trabalhei alguns meses organizando a Biblioteca do Instituto Serendipe, um local maravilhoso (foto acima), cujos proprietários são minha ex-professora de linguística e seu esposo. Tive contato com várias obras raras e um aprendizado incrível. Também atuei um tempo como gestora das redes sociais da Editora Máquina de Escrever, que publicaria o meu livro "Donatelo, O Dragão Amarelo" em 2019.
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Colônia de Férias na Casa Cultural Belaboni |
E já que falamos em Donatelo, depois do depoimento da postagem anterior, vocês podem me perguntar: "- Mas não estava pensando em desistir da literatura infantil"? Pois é, lembrem que eu estava "confusa", mas com a possibilidade de publicar um livro com uma editora maior, ter seu livro diagramado, revisado e ilustrado por profissionais, distribuído para o Brasil, era algo que sempre sonhei. E eu tinha a história do Donatelo, que é uma das minhas queridinhas. Então sim, eu não sabia se teria continuidade, mas eu queria o Donatelo publicado. Por isso também continuei fazendo alguns eventos infantis.
Em 2018 eu estava muito empolgada com meu canal no You Tube, mas fiz algumas mudanças significativas. Lembram das decepções? Uma delas foi o quanto me dediquei em 2016/2017 para divulgar livros de outros escritores, sem ganhar um tostão, a ponto de minhas redes sociais se transformarem em outdoor alheio e eu perder meu próprio espaço de divulgação. Parece absurdo, mas teve gente que sequer compartilhou meu vídeo em suas redes, ao menos para me ajudar com a divulgação do canal. Descaso total. Comecei a perceber o interesse de certas pessoas ao me procurarem, passei a tentar discernir e filtrar o que chegava até mim. Foi um aprendizado incrível e senti que comecei a valorizar mais o meu tempo, prestigiando e me aproximando de quem também valorizava meu trabalho e me enxergava como a profissional experiente que sou, independente da entrada tardia no mundo literário.
Foto1: Lançamento do livro "Lagartas e Borboletas", da Ana Rapha Nunes.
Foto 2: Lançamento da coletânea "Passageiros do Desconhecido", do NLCAC.
Foto 3: Evento do Pegaí Leitura Grátis (do qual fui voluntária por 5 anos), com Idomar Cerutti
e a escritora Marina Colasanti.
Foto 4: Lançamento de "O Papiro de Wadjet", da escritora Nicole Sigaud.
As participações nas reuniões do Núcleo de Literatura me fizeram ver o quanto eu ainda tinha a aprender, mas que deveria escolher bem onde e com quem aprender. Depois de cursos decepcionantes, de presenciar egos inflados e até competições entre colegas (acreditem no bafo: eu vi uma escritora escondendo o livro da coleguinha na prateleira de uma feira!!), escolhi estar entre poucos e valorizar "meu" tempo divulgando "meu" trabalho. Parece egoísta né? Mas depois de tantas coisas que vi nesse meio, estou bem tranquila.
No painel "Divulgadores Literários" da Literatiba 2018, com os colegas Patrícia Dias do blog Casinha de Livro, Juliana Poggi do canal JotaPluft e Henrique Duarte, escritor e colunista do Crônicas Fantásticas.
A minha participação na Literatiba 2018 foi um dos momentos especiais do ano. Fui convidada para coordenar os painéis literários e isso me proporcionou, além de rever pessoas queridas, fazer novos contatos.
Foto 1: Com a escritora Jaqueline Conte.
Foto 2: Com a escritora Ana Lúcia Merege.
Foto 3: Com Leo e Rosana (escritora e colega do NLCAC).
Foto 4: Com Rubens Faria Gonçalves e Francisco Souto Neto (NLCAC).
E assim terminamos 2018, já recolocada profissionalmente, sem deixar os trabalhos literários e principalmente, mais pé no chão para discernir entre a ilusão e a realidade, entre apoiadores e interesseiros, usando meu valioso tempo a meu favor.
E no próximo #TBT Divã de Escrita, falaremos como foi a publicação do meu quinto livro e meu último percurso na literatura infantil.
Até lá!
2 comentários:
Foi nesse ano que nos conhecemos pessoalmente! Fico muito feliz por fazer parte dessa sua linda trajetória.
Oi, Ale!
A vida é uma caixinha de surpresas, não é? Algumas não são tão legais. Mas, o importante é que você conseguiu chegar em algumas de suas metas importantes e eu amo o seu canal. Estou me preparando, depois que vi sua resenha de "O Faraó", começar a lê-lo. Eu ganhei o livro de uma amiga minha de BH. Vai ser ótimo mergulhar nessa história!
Boa sorte em sua caminhada literária!
Abração,
Drica.
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